Publicado por Prof. Dorival dos Santos Machado
Vender qualquer tipo de serviço é uma relação de emoção, sentimento, relacionamento. O seu médico certamente foi indicado por alguém de sua confiança. Pode até ser que você o encontrou no livreto do seu seguro saúde, mas, antes de mais nada você pede aos seus amigos um indicação não é mesmo? Com aquele pintor, pedreiro, vidraceiro, funileiro, mecânico, cabeleireiro e manicure não diferente.
Pensando nisso decidi escrever um pouco sobre isso. As pessoas se esquecem disso. Daí você marca um horário com o pintor e ele simplesmente não aparece. Você se virou para estar no horário marcado, aí vem a raiva, o sentimento de que a palavra não vale absolutamente nada. Mas ele não disse que viria? Você decide ligar e a resposta é que ele teve um probleminha e não deu para vir ao encontro. E por que não ligou avisando? Você poderia perguntar: Você acha que o pintor vai ter crédito no celular para ficar gastando com você? Com que nível de pessoas estamos falando?
Ok, então vamos mudar e subir o nível. Aquele grande provedor de internet, um dos maiores, se não o maior do Brasil promete que em 24 horas no máximo consegue fazer algumas alterações técnicas referentes a hospedagem do site. Depois desse tempo nada de alterações. Você passa a mão no telefone e não consegue falar com ninguém a não ser com uma máquina. Esbraveja, fica nervoso, vai pro chat e a coitada da atendente dá a mesma resposta você já tinha ouvido pelo atendimento eletrônico. Um dia depois do outro, 24, 48, 72 horas e nada. Então, num sublime milagre alguém (gente) lhe atende. Sua paciência já foi para o espaço a muito tempo. Depois de áspero pra lá e pra cá, uma voz de fundo, tipo back vocal, diz: se ele não está satisfeito que ligue para a Ouvidoria. É o que você tenta fazer. O problema é que a ouvidoria é surda, não ouve, não fala português, voz metálica, disque 1, 2, 3....
Você fica na mão e só resta enviar uma mensagem eletrônica espinafrando esse atendimento, agradece por terem te dado a chance de buscar o concorrente e nunca mais quer ouvir falar nesse provedor.
A verdade, em minha opinião, é que empresas crescem, não se estruturam para isso, têm atitudes que sinalizam que tanto faz ter ou não mais um cliente.
A questão é que o cenário muda. Nada é constante. Se as coisas caminham bem em termos de resultados, isso não significa que sempre serão assim. O oposto é verdadeiro. Se não estão bem isso também não deverá ser constante.
Muitas empresas pensaram que bons resultados sempre iriam durar. Só que concorrentes aparecem, produtos são lançados, o cliente tem opções e alguns simplesmente quebram, outros são engolidos.
Para finalizar, em uma escola, por exemplo: o Paulinho só se matriculou porque a mãe do Joãozinho indicou. Isso é relacionamento. O professor Albano é responsável por trazer mais alunos como também por causar evasão: isso é relacionamento, serviços, emoção, sentimento.
Independente de qual segmento é sua empresa pense nisso!!!
Dorival dos Santos Machado – graduação em Comunicação Social, com pós-graduações em Marketing, Administração de Empresas e Recursos Humanos pela FGV, diversos cursos no exterior em Negócios, Liderança e Metodologia Disney. Autor dos livros Redução da Inadimplência no Setor da Educação, Em busca da Inadimplência Zero e outros. Consultor e apresentador em treinamentos para mais de 500 empresas nacionais e multinacionais. Coordenador e apresentador do Seminário Internacional Melhores práticas do modelo Disney, que acontece anualmente em setembro, Orlando, Florida, Estados Unidos, em 2020 na sua 7ª edição.
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